A candidata a prefeita Rose Modesto (União Brasil) e o apresentador do programa O Povo na TV, Tatá Marques, protagonizaram sozinhos o debate do SBT, diante da ausência da candidata do PP, prefeita Adriane Lopes, na manhã desta quinta-feira (17).
“O maior desrespeitado nessa manhã é o eleitor, que marcou esse dia e hora para poder estar aqui ouvindo de nós quais são os problemas de Campo Grande e suas soluções. A prefeita Adriane Lopes ela não foge só do debate, ela foge de dar respostas importantíssimas de responsabilidade que ela tem com a cidade que não conseguiu até agora entregar”, afirmou Rose.
Pouco antes do debate, que virou entrevista, conforme previam as regras, caso algum candidato faltasse, Tatá Marques relembrou vídeo no qual Adriane usou a palavra “com certeza” para confirmar sua presença no debate. Ela também assinou carta confirmando participação do evento promovido pelo SBT, em parceria com o site Top Mídia News.
“Lamento a não presença aqui de Adriane Lopes. Como vimos, foi feito um compromisso assinado, e disse ao vivo, aqui, que estaria. E o que se espera, no mínimo, de um candidato é que ele cumpra com sua palavra. O que nós percebemos que não aconteceu com Adriane Lopes, lamentavelmente”, disse Tatá Marques.
Propostas
Dada a largada à entrevista, Rose falou sobre o que a motiva a ser prefeita de Campo Grande. “É o meu sonho poder ajudar a transformar a vida das pessoas que estão sofrendo na cidade. Você que está doente e está nessa fila de mais de 70 mil por consulta com especialista, exame ou cirurgia; você que perdeu a esperança porque um familiar ou amigo morreu nessa fila, o que me move é o desejo de transformar esse tipo de situação”, começou Rose.
Para ela, “a saúde hoje é o maior problema da nossa cidade. A saúde de Campo Grande tem jeito, está faltando gestão eficiente e compromisso da prefeita”, completou.
A candidata a prefeita se comprometeu a, já nos 100 primeiros dias de gestão, começar a diminuir a dor dessas famílias. “Vamos entrar nos hospitais da cidade com mutirões de cirurgias e exames”, contou. E, com a Central de Compras na Sesau fazendo compras só para a saúde, Rose garantiu que não faltará mais remédios nos postos.
Outra preocupação da candidata a prefeita do União Brasil é desfavelar a cidade. “Campo Grande tem mais de 60 favelas, mais de 40 mil pessoas vivendo embaixo de um barraco de lona, sem um banheiro digno para usar”, lamentou.
Com o programa “Sai da Lona”, Rose garantiu que vai iniciar o desfavelamento da capital e construir 4 mil casas-embrião, com sala-cozinha integradas, banheiro e acabamento básico. Os beneficiados vão receber a casa com luz, esgoto, água, isenta de IPTU e com habite-se.
Já o programa “Morando Legal” traz a proposta central de habitação popular e vai atender quem quer sair do aluguel e pode pagar pela casa própria. A proposta é entregar 2 mil casas, com recursos do governo federal e contrapartida do município.
Com o apoio de especialistas, Rose vai investir também em asfalto de maior qualidade. “Acabamos de ter aqui uma chuva de 30 minutos que levou o asfalto todo esfarelado, foi embora o dinheiro de pessoas que não têm um bom governo. Governo que não tem responsabilidade de compreender que dinheiro público precisa ser bem administrado”, avaliou.
Sobre os corredores de ônibus com paradas em meio a avenidas e ruas movimentas, Rose pretende dar fim a iniciativa. “Projeto mal feito. A obra está matando gente, matando o comércio, eu vou tirar tudo”, afirmou.
Ela ainda se mostrou inconformada com a falta de postura da atual gestão em cobrar do consórcio responsável pelo transporte público o cumprimento do contrato.
“Temos mais de quatro mil pontos de ônibus na cidade e quase 50% não são cobertos, a frota de ônibus está vencida e incompleta e pagamos a sétima tarifa mais cara. Se o consórcio não cumprir sua parte, vamos fazer nova licitação”, avisou a candidata.
Rose contou ainda sobre o projeto de ligar a cidade de ponta a ponta com quatro novas vias e com a implantação de 4 novos terminais. E afirmou que não sua gestão a “onda verde” vai funcionar.
Salas modulares
Na área da Educação, Rose se comprometeu a concluir, já no primeiro ano de mandato, as sete obras paradas de Emeis e manifestou indignação com o gasto de R$ 42 milhões com a aquisição, sem licitação, de empresa denunciada por corrupção, de 166 salas modulares.
“Cada sala custou mais de R$ 250 mil. Gente, com esse dinheiro se constrói uma boa casa. E o pior, gastou com a sala, gastou com ar condicionado, mas o ar condicionado está estocado no depósito e as crianças e os professores estão passando mal com calor de mais de 40 graus”, relatou Rose Modesto.
Em relação aos bairros que sofrem com lama e poeira, a candidata a prefeita se comprometeu a asfaltar 350 km, começando pelos bairros mais antigos, como Noroeste e São Conrado. Além disso, ela vai concluir as obras no Aero Ranho e Nova Lima, por exemplo. A previsão é de investimento de R$ 1 bilhão para a pavimentação nos bairros. “Vamos buscar verba na bancada federal, com contrapartida da prefeitura”, disse Rose.